Retirar pessoas de um país em guerra: Portugal com falta de meios e um cônsul desaparecido

Governo articula-se com aliados para retirar cidadãos do Sudão em segurança. Um dos dois cônsules honorários não dá sinais de vida
Governo articula-se com aliados para retirar cidadãos do Sudão em segurança. Um dos dois cônsules honorários não dá sinais de vida
Jornalista
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Além de Hugo Augusto (texto ao lado), outro português permanece no Sudão por vontade própria, indica o último comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, quarta-feira: “Um no Sul do país, por opção própria, o outro em Porto Sudão [Hugo Augusto].” O Expresso não conseguiu localizar o outro cidadão. Os demais 20 portugueses já saíram, diz a tutela, que explica ter havido “articulação com países aliados”.
Bate certo com a experiência de Victor Ângelo, ex-funcionário da ONU: “Portugal não tem meios diplomáticos e militares suficientes para operações desta complexidade.” João Soares e Isabel Tendeiro, com quem o Expresso falou, tiveram de sair com as forças aéreas italiana e espanhola, respetivamente. Ângelo faz o contraponto com França, que terá tido “centenas de pessoas” a trabalhar em vários pontos do globo (Paris, Jibuti, Arábia Saudita) para garantir a retirada segura dos seus cidadãos.
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