O Hamas parece ter deixado cair a exigência de que Telavive se comprometesse primeiro com um cessar-fogo permanente antes de assinar o acordo. Em contrapartida, os mediadores têm que garantir uma trégua temporária, a entrega de ajuda e a retirada das tropas israelitas.
Pela primeira vez são fontes israelitas a admitir a possibilidade real de se chegar a um compromisso.
O aval do Hamas à proposta dos Estados Unidos poderá viabilizar a primeira pausa nos combates e a libertação de um número ainda não divulgado de reféns. Ao cessar-fogo temporário de seis semanas, soma-se a exigência de retirada das tropas israelitas.
Israel afirma que as operações em Gaza estão prestes a chegar ao fim, mas depois de nove meses de bombardeamentos e de garantias enganosas, a parte palestiniana admite avançar com o acordo apenas 16 dias após a primeira fase ser cumprida.
Nessa altura, as negociações poderão prosseguir e ser implementada a segunda fase, com a libertação civis e soldados do sexo masculino.
Numa terceira fase seriam libertados os restantes reféns incluindo os corpos de prisioneiros mortos, e teria início o projeto de reconstrução.
Os esforços para garantir um cessar-fogo e a libertação dos reféns intensificaram-se nos últimos dias, com Netanyahu a ser cada vez mais pressionado dentro e fora de Israel.
Entretanto, a televisão estatal egípcia informou que o Egito vai receber as delegações de Israel e dos Estados Unidos para as negociações sobre cessar-fogo na Faixa de Gaza. Os dois países vão discutir as questões pendentes para um possível acordo.
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