Presidente indica metas drásticas e que os ajustes vão recair sobre o governo, ao invés do setor privado. Falta-lhe apoio parlamentar
A enfermeira Agustina Mariani, de 26 anos, tem o perfil predominante entre os 55,7% de eleitores que, dia 19, levaram o ultraliberal Javier Milei à presidência: jovem, esgotada da classe política tradicional, ciente da necessidade de severos ajustes económicos que vão demorar a dar resultados. “A vitória de Milei traz esperança e alívio. Permite voltar a confiar em nós como país. Haverá muita gente contra, vão dificultar a vida ao Governo, mas somos muitos os que confiamos nele”, diz ao Expresso, diante do hotel que o chefe de Estado eleito usa como sede de transição até à posse, dia 10.
“Precisamos de paciência, dadas as condições do país. Sabemos que Milei fará um grande Governo. Talvez não haja resultados no primeiro ano, mas estamos dispostos a sair às ruas para defender esta mudança”, avisa Agustina. É a primeira vez que um economista chega ao poder no país e que um autodefinido libertário gera tamanha mobilização popular.
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