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Dividida pela guerra na Ucrânia, Bulgária testa Bloco central e primeiro-ministro rotativo

O primeiro-ministro búlgaro Nikolay Denkov, do partido anticorrupção Continuamos a Mudança, e a sua vice e ministra dos Negócios Estrangeiros, a conservadora Mariya Gabriel. Está previsto que troquem de lugar a meio da legislatura
O primeiro-ministro búlgaro Nikolay Denkov, do partido anticorrupção Continuamos a Mudança, e a sua vice e ministra dos Negócios Estrangeiros, a conservadora Mariya Gabriel. Está previsto que troquem de lugar a meio da legislatura
DIMITAR KYOSEMARLIEV/AFP/Getty Images
Búlgaros experimentam solução sui generis para ultrapassar impasse político e garantir estabilidade num país fraturado pela questão da corrupção endémica e pela guerra na Ucrânia. É também visto como um dos Estados mais débeis da União Europeia

Quando os búlgaros foram a votos, em abril passado, na quinta eleição legislativa dos últimos dois anos, o resultado sugeria mais um impasse político. O Parlamento ficou dividido em três grandes blocos: 25% dos votos foram para o partido de centro-direita do ex-primeiro-ministro Boyko Borissov (Partido dos Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária, GERB); 24% para uma coligação de forças anticorrupção, que luta há anos para afastar Borissov do poder, formada pelo Continuamos a Mudança (PP), do também ex-primeiro ministro Kiril Petkov, e pela Democracia Búlgara (DB); e 14% para um bloco de partidos eurocéticos e pró-russos.

As primeiras tentativas de formar Governo falharam, como acontecera após as anteriores eleições, em 2022. As negociações entre Borissov (que governou de 2009 a 2021) e Petkov abortaram em poucas semanas. GERB e PP-DB têm estado nas antípodas, e os seus líderes são rivais. Petkov liderou, em 2022, um curto Executivo reformista, durante o qual Borissov chegou a ser detido numa investigação anticorrupção, depois abandonada.

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