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Sismo na Turquia: Onde estava o Estado quando o mundo desabou?

Mesut Hancer segura a mão da filha Irmal, de 15 anos, vítima do terramoto perto do seu epicentro, em Kahramanmaras
Mesut Hancer segura a mão da filha Irmal, de 15 anos, vítima do terramoto perto do seu epicentro, em Kahramanmaras
ADEM ALTAN/AFP/GETTY IMAGES

Há mortos sepultados sem que ninguém os chore, identifique ou vele, há famílias que desapareceram por inteiro, há filhos que perderam pais, há pais que como Mesut não largam a mão da filha que o sismo mais violento deste século levou. Uma tragédia que matou milhares e deixou marcas em 13 milhões de pessoas. Uma catástrofe agravada pelo desleixo e pela incúria, que pode fazer com que Erdogan venha a ser o Presidente que a má resposta do seu antecessor ao terramoto de Izmir (em 1999) atirou para o poder, e o tremor-de-terra da Anatólia (talvez) afaste do poder nas eleições de maio

Sismo na Turquia: Onde estava o Estado quando o mundo desabou?

José Pedro Tavares

Correspondente em Ancara

Sismo na Turquia: Onde estava o Estado quando o mundo desabou?

Jaime Figueiredo

infografia

Quase uma semana depois do primeiro abalo sísmico no sueste da Turquia e noroeste da Síria, que ocorreu as 4h17 de segunda-feira, a dimensão da tragédia ainda não é conhecida, mas milhões de turcos começam a questionar por que motivo não estava o país mais bem preparado para esta situação. Exigem uma resposta adequada nas próximas semanas.

A região sofreu o maior desate natural de sempre na História dos dois países. Dez províncias na Turquia e duas na Síria, uma área de cerca de 100 mil quilómetros quadrados, foram arrasadas quando a falha do leste da Anatólia deu de si, matando dezenas de milhares de pessoas e desalojando muitos milhões, no meio do inverno, com temperaturas negativas. O primeiro abalo, de 7,8 na escala de Richter, foi seguido de centenas de réplicas, algumas bem fortes, incluindo um tremor de terra com a intensidade de 7,5 na mesma escala, nove horas depois. Ambos foram superiores ao grande abalo de 1999, em Istambul, que vitimou mais de 17 mil pessoas.

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