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Israel: o potencial explosivo da visita provocatória de um ministro extremista a um local disputado

Com segurança apertada, Itamar Ben-Gvir visita um mercado de Jerusalém
Com segurança apertada, Itamar Ben-Gvir visita um mercado de Jerusalém
MENAHEM KAHANA/AFP/Getty Images

Benjamin Netanyahu lidera o seu sexto governo, o mais à direita de sempre. Para além do seu Likud, é composto por partidos religiosos ultraortodoxos e da extrema-direita

Margarida Mota

Jornalista

Ao sexto dia em funções, o novo Governo de Israel confirmou algum do potencial desestabilizador que se lhe atribui. Itamar Ben-Gvir, porventura o ministro mais polémico do Executivo de Benjamin Netanyahu, fez-se passear pelo Monte do Templo, numa atitude de clara provocação aos palestinianos. A visita do político extremista, novo titular da Segurança Nacional, originou uma condenação generalizada a nível internacional, com um alto responsável da Administração Biden, citado pelo portal israelita “Ynet”, a denunciar uma tentativa de “atiçar o caos”.

Aquele que é o local mais sagrado para os judeus, onde se insere o Muro das Lamentações (único vestígio do antigo Templo de Herodes), é também especial para os muçulmanos, já que se ergue ali a Mesquita de Al-Aqsa, terceiro lugar santo do Islão. Este complexo fica em Jerusalém Oriental, a parte árabe da cidade santa, conquistada por Israel em 1967 e que os palestinianos reivindicam para capital do Estado com que sonham. O potencial explosivo desta disputa levou as partes a aceitarem a custódia da família real hachemita da Jordânia, que reclama linhagem direta do profeta Maomé, sobre nove lugares sagrados na Terra Santa.

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