27 novembro 2022 23:23
Vista aérea dos lagos de água derretida que se formam na frente do Glaciar Russell, parte da superfície de gelo da Gronelândia em Kangerlussuaq, em agosto de 2022
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No Antropoceno, era em que vivemos, as alterações climáticas têm impacto na maior parte da vida na Terra e uma das consequências da subida da temperatura do ar é o derretimento dos gelos “eternos”. Milhões de micróbios adormecidos estão a voltar à vida todos os dias e os cientistas não têm mãos a medir com a quantidade de novas espécies a catalogar
27 novembro 2022 23:23
No Antropoceno, era em que vivemos, as alterações climáticas têm impacto na maior parte da vida na Terra. Este é o ponto de partida do resumo de um estudo publicado em 2019 na “Nature Review Microbiology”, cujo título especifica o alerta da comunidade científica à Humanidade: “Temos de aprender não só como os microrganismos afetam as alterações climáticas (incluindo a produção e consumo de gases com efeito de estufa), mas também como serão afetados pelas alterações climáticas e outras atividades humanas.”
A afirmação documenta o papel central e a importância global dos microrganismos na biologia das alterações climáticas. Nada mais pertinente para considerar no estudo dos micróbios capturados nos gelos, que estão a ser libertados à medida que estes derretem no Ártico, Antártida, Gronelândia, Sibéria ou Norte do Canadá. É um mundo novo de micróbios que poderiam ser utilizados, por exemplo, para fertilizar ecossistemas, mas, antes disso, têm de ser conhecidos.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.