29 outubro 2022 18:45
epa/riccardo antimiani
Primeira-ministra reconhece que não há dinheiro para realizar já todos os projetos. Repudia o fascismo e reafirma o apoio à Ucrânia contra Putin
29 outubro 2022 18:45
Giorgia Meloni já tem a confiança do Parlamento para governar, votada terça e quarta-feira, respetivamente, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Agora quer a confiança de Itália e do mundo. A primeira-ministra explicou que a maioria das promessas que fez para as legislativas de 25 de setembro fica adiada até que haja dinheiro para cumpri-las. Até lá, o Governo de coligação entre os Irmãos de Itália, Liga (ambos da direita radical) e Força Itália (centro-direita) cingir-se-á a retocar o que foi feito pelos antecessores.
Emocionada e decidida a fazer jus ao mote da sua campanha (“Estamos prontos”), Meloni ignorou as perguntas que a oposição, entidades e imprensa internacional lhe lançaram nos últimos meses. Assegurou nunca ter tido “simpatia por totalitarismos, fascismo incluído”, não proferiu a palavra “paz” ao referir-se à guerra na Ucrânia nem falou das “desigualdades” agravadas em Itália pelas mais recentes crises — financeira, covid, guerra, emprego.