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Nagorno-Karabakh: dois anos depois, espectro da guerra volta a pairar nas montanhas do Cáucaso

Soldados arménios em movimentações, nos arredores da cidade de Stepanakert, na região de Nagorno-Karabakh, em 2020
Soldados arménios em movimentações, nos arredores da cidade de Stepanakert, na região de Nagorno-Karabakh, em 2020
ALEXANDER NEMENOV / AFP / Getty Images

Confrontos entre tropas da Arménia e do Azerbaijão esta semana causaram dezenas de mortos. Reacendimento do conflito poderá ser um efeito secundário da guerra na Ucrânia

Menos de dois anos depois da assinatura de um acordo de cessar-fogo, patrocinado pela Rússia, entre a Arménia e o Azerbaijão, que pôs fim à curta, mas sangrenta guerra por causa do enclave de Nagorno-Karabakh no outono de 2020, os combates voltaram às montanhas do Cáucaso. Esta terça-feira, bombardeamentos com drones, barragens de artilharia e combates ao longo da linha de fronteira entre esses dois países causaram a morte a pelo menos 49 arménios, militares e civis. Yerevan e Baku trocam acusações: a Arménia acusa o Azerbaijão de iniciar as hostilidades, e de tentar avançar sobre as suas posições na fronteira, algumas das quais foram já conquistadas pelas forças azeris. Já o ministério da Defesa em Baku emitiu um comunicado dizendo que estava apenas a responder “às violações do cessar-fogo por parte da Arménia nos distritos de Dashkesan, Kelbajar e Lachin, depois das suas tropas terem sido alvo de atos subversivos de grande escala, incluindo fogo de morteiros”.

Em novembro de 2020 o primeiro-ministro arménio Nikol Pashinyan, pressionado por Moscovo, punha fim a 45 dias de combates, que causaram mais de 6500 mortos, sobretudo soldados arménios, assinando um acordo de cessar-fogo com o presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev, no seguimento de negociações com Putin. Este acordo reconhecia a conquista por parte do Azerbaijão de uma parte significativa do enclave de Nagorno-Karabakh - formalmente território azeri mas ocupado há 30 anos por separatistas arménios, e habitado por uma maioria étnica arménia, e ainda uma parte de território azeri entre o enclave e a Arménia, que estava também ocupado pelos separatistas arménios desde o início dos anos 90.

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