Menos de dois anos depois da assinatura de um acordo de cessar-fogo, patrocinado pela Rússia, entre a Arménia e o Azerbaijão, que pôs fim à curta, mas sangrenta guerra por causa do enclave de Nagorno-Karabakh no outono de 2020, os combates voltaram às montanhas do Cáucaso. Esta terça-feira, bombardeamentos com drones, barragens de artilharia e combates ao longo da linha de fronteira entre esses dois países causaram a morte a pelo menos 49 arménios, militares e civis. Yerevan e Baku trocam acusações: a Arménia acusa o Azerbaijão de iniciar as hostilidades, e de tentar avançar sobre as suas posições na fronteira, algumas das quais foram já conquistadas pelas forças azeris. Já o ministério da Defesa em Baku emitiu um comunicado dizendo que estava apenas a responder “às violações do cessar-fogo por parte da Arménia nos distritos de Dashkesan, Kelbajar e Lachin, depois das suas tropas terem sido alvo de atos subversivos de grande escala, incluindo fogo de morteiros”.
Em novembro de 2020 o primeiro-ministro arménio Nikol Pashinyan, pressionado por Moscovo, punha fim a 45 dias de combates, que causaram mais de 6500 mortos, sobretudo soldados arménios, assinando um acordo de cessar-fogo com o presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev, no seguimento de negociações com Putin. Este acordo reconhecia a conquista por parte do Azerbaijão de uma parte significativa do enclave de Nagorno-Karabakh - formalmente território azeri mas ocupado há 30 anos por separatistas arménios, e habitado por uma maioria étnica arménia, e ainda uma parte de território azeri entre o enclave e a Arménia, que estava também ocupado pelos separatistas arménios desde o início dos anos 90.
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