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Cinco dias para salvar Itália de uma crise política

O Presidente Sergio Mattarella (à esquerda na imagem), que deu posse a Mario Draghi como chefe do Governo há ano e meio, não quer que este atire a toalha
O Presidente Sergio Mattarella (à esquerda na imagem), que deu posse a Mario Draghi como chefe do Governo há ano e meio, não quer que este atire a toalha
GUGLIELMO MANGIAPANE/AFP/Getty Images

Desavença com o partido populista Movimento Cinco Estrelas levou Mario Draghi a demitir-se de primeiro-ministro. Presidente da República rejeitou e pediu que assegurasse a confiança do Parlamento

Rossend Domènech

correspondente em Roma

Cinco dias. Tal é o prazo que os partidos políticos italianos têm para encontrar solução para a crise política desencadeada pela demissão do primeiro-ministro Mario Draghi. A situação é incompreensível para os eleitores, surgindo no momento mais inoportuno para Itália e para a União Europeia, que vê no país transalpino “o grande doente da Europa”, do ponto de vista económico.

Roma está para receber, caso cumpra o programa de reformas acordado com Bruxelas, 190 mil milhões de euros líquidos do programa de recuperação e resiliência. Mais do que qualquer outro país. Quando a saída do chefe do Governo foi anunciada, a bolsa de valores já tinha fechado, com os títulos italianos a perder 17 mil milhões apenas numa tarde.

Draghi renunciou ao cargo esta quinta-feira ao fim do dia, mas o Presidente da República, Sergio Mattarella, rejeitou a demissão. Exortou antes o primeiro-ministro a ir ao Parlamento verificar se tem, pelo menos, uma maioria que o apoie. Nem Draghi nem Mattarella têm pressa, pelo que só na próxima quarta-feira será promovido esse voto de confiança no Executivo. Até lá, todos terão ocasião de metabolizar a crise e encontrar uma solução.

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