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Partygate. Boris Johnson insiste que festas de copo no ar eram reuniões de trabalho

Boris Johnson acredita que era seu dever, enquanto líder, estar nas festas de despedida de funcionários de Downing Street
Boris Johnson acredita que era seu dever, enquanto líder, estar nas festas de despedida de funcionários de Downing Street
Leon Neal / Getty Images

O primeiro-ministro britânico assegurou que não estava a par dos excessos denunciados relativos às festas realizadas na sua residência oficial à revelia das regras covid em vigor. E recusa demitir-se

Partygate. Boris Johnson insiste que festas de copo no ar eram reuniões de trabalho

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

Festas com dezenas de comensais até às 4 da manhã, álcool consumido com frequência, vinho a escorrer pelas paredes, pessoas a vomitarem, uma altercação a requerer intervenção, maus-tratos a pessoal da segurança e da limpeza. O relatório publicado quarta-feira pela funcionária Sue Gray é taxativo: “O que aconteceu em muitos destes encontros e a forma como decorreram não está em linha com as regras da covid então em vigor.” A encarregada de investigar os ajuntamentos ilegais na residência do primeiro-ministro britânico acrescenta que “a alta liderança central, política e oficial, deve assumir responsabilidade por essa cultura”.

Boris Johnson assegurou que a assumia plenamente, mas afastou a hipótese de se demitir — como exigem as forças da oposição em bloco e alguns deputados do Partido Conservador — e foi mais enfático nas justificações do que no pedido de desculpas que fez ao país. Se Gray aponta como dever de um líder dar o exemplo, o chefe do Executivo acredita que era seu dever enquanto líder ir a festas de despedida de funcionários que deixaram Downing Street, ainda que em violação das leis que ele próprio impusera ao Reino Unido. “Era apropriado reconhecer o seu trabalho e agradecer-lho.”

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