Internacional

Israel reabre passagem para trabalhadores de Gaza após duas semanas do seu encerramento

Trabalhadores palestinianos esperam na passagem de Erez para entrar em Israel
Trabalhadores palestinianos esperam na passagem de Erez para entrar em Israel
NurPhoto

A passagem de Erez é o único ponto de passagem de pessoas entre a Faixa de Gaza, sujeita a um bloqueio há mais de 15 anos, e o território israelita

Israel reabriu hoje a passagem para trabalhadores da Faixa de Gaza, após cerca de duas semanas encerrada, divulgou hoje o Ministério da Defesa israelita.

"Depois de uma avaliação da situação de segurança, foi decidido (…) abrir a passagem de Erez para trabalhadores e portadores de autorizações de entrada em Israel, a partir de domingo", referiu o departamento do Ministério da Defesa israelita que supervisiona as atividades civis nos territórios palestinianos (Cogat).

“Esta é a primeira vez que o ponto de passagem é reaberto desde o seu encerramento em 03 de maio de 2022”, disse Cogat. A abertura da passagem “vai depender da manutenção da estabilidade do estado de segurança”.

A passagem de Erez é o único ponto de passagem de pessoas entre a Faixa de Gaza e o território israelita.

A Faixa de Gaza faz fronteira com o Egito, o Mar Mediterrâneo e Israel, e está sujeita a um bloqueio israelita há mais de 15 anos.

Este ponto de passagem é utilizado por 12.000 palestinianos com permissão para trabalhar em Israel, particularmente nos setores de construção e agricultura, onde recebem salários muito mais altos do que em Gaza.

O encerramento do ponto de passagem foi determinado pelo Estado judaico no contexto de celebrações nacionais em Israel e devido aos confrontos violentos que estão a ocorrer entre forças israelitas e palestinianos na Cisjordânia ocupada.

Exceto o ponto de passagem de Rafah entre o sul da Faixa de Gaza e o Egito, Israel controla todas as entradas e saídas do enclave palestiniano, controlado pelo movimento islâmico Hamas e que sofre com uma taxa de pobreza em torno de 60% e desemprego endémico em torno de 50%.

O Hamas e Israel travaram várias guerras nos últimos 15 anos, a última das quais foi há um ano.

As autoridades israelitas temiam uma nova escalada da violência em Gaza devido às recentes tensões e confrontos em torno de Jerusalém durante o mês de jejum muçulmano do Ramadão, mas isso acabou por não acontecer.

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