É o primeiro dia “a sério” do julgamento no Senado do impeachment de Donald Trump, isto depois de a primeira sessão oficial, esta terça-feira, ter servido para discutir e decidir se o processo era constitucional.
A decisão foi positiva e assim chegamos a uma segunda sessão - que será marcada pela apresentação de novos indícios, em vídeo, recolhidos pela acusação do ex-Presidente dos Estados Unidos, que mesmo após abandonar a Casa Branca corre risco de ser destituído. Se assim for, Trump, que ainda era chefe de Estado à data da invasão do Capitólio, não pode voltar a concorrer a eleições presidenciais.
Fonte da equipa do Partido Democrata que lidera a acusação avança que serão apresentadas imagens inéditas captadas pelas câmaras de segurança do Capitólio que reforçam a suspeita da influência de Donald Trump nos acontecimentos de 6 de janeiro, que lhe valem a acusação de “incitamento à insurreição”. Já na sessão anterior tinham sido mostrados vídeos dessas horas, mas esta quarta-feira espera-se que seja levada toda a “mercadoria”, cita a imprensa internacional.
Os democratas têm renovadas esperanças de virar o voto republicano a favor do impeachment, depois de o republicano Bill Cassidy o ter feito na sessão de ontem (ficou 56-44 a favor da constitucionalidade do processo). O republicano do Louisiana considerava a destituição inconstitucional, mas depois de ouvir a argumentação da acusação e da defesa, mudou de ideias, juntando-se a outros republicanos que já o tinham feito. Cassidy definiu a argumentação dos advogados de Trump como “pouco consistente, aleatória e desorganizada”.
Ainda não é certo se vão ser chamadas testemunhas ou que sejam utilizadas as 16 horas de argumentação pró e contra o impeachment que foram acordadas entre os partidos. Esta quarta-feira decorrem, pelo menos, as primeiras oito.
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