Bielorrússia. “Raptaram o nosso país”, diz a Nobel da Literatura Svetlana Alexievich
Palavras da escritora bielorrussa retratam um país asfixiado. Ditador procura apoio de Vladimir Putin
Palavras da escritora bielorrussa retratam um país asfixiado. Ditador procura apoio de Vladimir Putin
Na iminência de uma “visita de trabalho” do contestado Presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, a Moscovo — onde se encontrará com o homólogo Vladimir Putin, segunda-feira —, a repressão atingiu níveis dramáticos esta semana. O regime autocrático quer expulsar, prender e intimidar todos os dirigentes da oposição, criando um contexto que dificulta as necessárias conversações.
O ataque mais digno de filme visou Maria Kolesnikova, música e promotora de arte contemporânea, que assumira o papel de líder de facto da oposição desde que a candidata presidencial Svetlana Tikhanovskaya se viu obrigada a trocar a Bielorrússia pela Lituânia, dias depois do ato eleitoral de 9 de agosto. Os resultados oficiais atribuíram-lhe 10% dos votos, contra os mais de 80% do chefe de Estado, mas Tikhanovskaya e os seus apoiantes garantem que foi ao contrário. Dezenas de milhares têm protestado nas ruas, desde então todos os fins de semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt