“Tirem o vosso joelho dos nossos pescoços”. As cerimónias de homenagem a George Floyd [com fotogaleria]
Steel Brooks/Anadolu Agency/Getty Images
O reverendo e ativista dos direitos cívicos Al Sharpton declarou que “o que aconteceu a Floyd acontece todos os dias neste país, na educação, nos serviços de saúde e em todas as áreas da vida americana”. O advogado da família do afro-americano morto disse que “não foi a pandemia do coronavírus que matou George Floyd”. “Foi aquela outra pandemia: a pandemia do racismo e da discriminação”, sublinhou
Centenas de pessoas concentraram-se esta quinta-feira no cruzamento entre a Rua 38 e a Avenida de Chicago, em Minneapolis, onde o afro-americano George Floyd foi morto por um polícia a 25 de maio. Numa cerimónia fúnebre, realizada na North Central University daquela cidade do estado norte-americano do Minnesota, estiveram presentes os familiares de Floyd, o advogado da família, Benjamin Crump, e várias figuras públicas.
Durante a cerimónia, o advogado afirmou que “não foi a pandemia do coronavírus que matou George Floyd”. “Foi aquela outra pandemia: a pandemia do racismo e da discriminação”, sublinhou.
O afro-americano, algemado e deitado na rua, morreu depois de um polícia branco ter pressionado o joelho sobre o seu pescoço. As pessoas reunidas na cerimónia ficaram em silêncio durante oito minutos e 46 segundos, o período durante o qual Floyd teve o joelho de Derek Chauvin sobre o seu pescoço e se queixou insistentemente: “Não consigo respirar.”
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O reverendo e ativista dos direitos cívicos Al Sharpton declarou que está na hora de dizer “em nome de George”: “Tirem o vosso joelho dos nossos pescoços.” “O que aconteceu a Floyd acontece todos os dias neste país, na educação, nos serviços de saúde e em todas as áreas da vida americana”, descreveu. “Não vamos parar”, acrescentou o reverendo, referindo-se aos protestos que têm decorrido em todos os estados norte-americanos. “Vamos continuar até mudarmos todo o sistema de justiça”, garantiu.
A maioria das manifestações contra a morte de Floyd e a brutalidade policial tem sido pacífica, mas algumas degeneraram em violência e motins, o que levou à imposição do recolher obrigatório em várias cidades.
Entre as pessoas presentes na cerimónia contavam-se ainda o reverendo Jesse Jackson, o governador do Minnesota, Tim Walz, a senadora Amy Klobuchar e o presidente da Câmara de Minneapolis, Jacob Frey.
Para sábado está prevista uma outra cerimónia fúnebre na Carolina do Norte, o estado onde Floyd nasceu, e para segunda-feira uma outra em Houston.