Dois casos de peste detetados na China

É a segunda vez que o país se vê a braços com a doença, depois de recentemente um casal mongol ter morrido, vitimado por peste bubónica
É a segunda vez que o país se vê a braços com a doença, depois de recentemente um casal mongol ter morrido, vitimado por peste bubónica
Jornalista
Depois da morte de um casal mongol, vitimado por peste bubónica, a China anunciou estar a tratar duas pessoas infetadas com a mesma bactéria, a que esteve também na origem da Peste Negra, uma das pandemias mais mortais na história da Humanidade.
Os dois pacientes, residentes na província chinesa da Mongólia Interior, foram diagnosticados com peste pulmonar por médicos em Pequim, avançaram as autoridades. Estão agora a receber tratamento, tendo sido implementadas medidas de controlo e prevenção.
A peste, transmitida através de picadas de pulgas e animais infetados, pode desenvolver-se de três formas diferentes: como peste bubónica (afeta os gânglios linfáticos), septicémica (infetando o sangue) ou como peste pulmonar. Esta última é a forma mais virulenta e grave. Sem tratamento, é sempre fatal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante a Idade Média, surtos de peste devastaram a Europa, matando cerca de 50 milhões de pessoas. Tendo surgido quase 50.000 casos nos últimos 20 anos, a peste é agora classificada pela OMS como uma doença reemergente. Os três países mais endémicos são a República Democrática do Congo, Madagascar e Peru.
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