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"Aprender a aprender" é o lema das formações alternativas

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Repensar o modelo de ensino deve ser uma prioridade para as instituições académicas. Este é o tema da quarta conversa - organizada pelo novo projeto do Expresso - que tem como propósito esclarecer os portugueses quanto a temas ligados à Universidade

"Aprender a aprender" é o lema das formações alternativas

Sara Fevereiro

Jornalista

O V Encontro Internacional de Reitores Universia - evento que reunirá algumas centenas de líderes universitários de todo o mundo - realiza-se em Valência (Espanha), durante os dias 8, 9 e 10 de maio, sob o tema “Universidade e Sociedade”.

O Expresso une-se a este evento promovendo 5 conversas sobre temas ligados a estas instituições de ensino. As três primeira já foram publicadas e podem ser ouvidas clicando nos links abaixo:

  1. Empreendedorismo, inovação e transferência de tecnologia em resposta aos desafios sociais
  2. Aprendizagem contínua e formação ao longo da vida
  3. Redes e conexão na mobilidade do conhecimento

A quarta conversa, que hoje damos a conhecer, foca-se na questão das formações alternativas. Para debater este tema foram convidados os seguintes oradores:

  • Pedro Santa Clara, diretor da Escola 42 Lisboa e Porto
  • José João Mendes, presidente da direção da Egas Moniz School of Health & Science

5%

é a taxa de retenção de conhecimento numa aula teórica, no modelo de ensino tradicional. Este é um dado que reflete a necessidade de mudança de paradigma no sector

Conheça as ideias principais desta quarta conversa:

  • A sociedade está a mudar e o Ensino Superior deve dar resposta a esta mudança;
  • “Acredito que nos próximos 10 anos vamos ter uma grande revolução na Educação Superior”, afirma Pedro Santa Clara;
  • O modelo tradicional é caro, elitista, tem taxas de desistência elevadas e taxas elevadas de desemprego à saída da Universidade;
  • Urge saber que tipo de competências devem os humanos ter para trabalhar com ferramentas de inteligência artificial;
  • “Creio que é preciso desenvolver competências humanas de criatividde, comunicação, comunicação”, entre outras, aponta o diretor da Escola 42;
  • Gestão de tempo e de stress são algumas das capacidades que podem ser desenvolvidas nas instituições académicas;
  • “Centramos o nosso ensino com base em problemas reais” explica José João Mendes, que encara esta abordagem como sendo uma vantagem e fonte de motivação para o aluno;
  • É preciso aprender a aprender, mas também "aprender a ensinar”;
  • “Vai haver uma revolução tecnológica no sentido de implementar uma melhor pedagogia”, defende Pedro Santa Clara;
  • No futuro, não haverá só competição entre as universidades porque entraram no sector da educação outras startups e empresas, nomeadamente as tecnológicas. Apple, Google e outras já estão a fazer investimentos nesta área;
  • A Europa continua a ser um lugar atrativo para estudar, mas as universidades que não entrarem neste desafio da mudança “vão ficar para trás”, alerta José João Mendes;
  • As universidades devem ser elas próprias o motor da sua mudança, procurando os parceiros certos para desenvolver as ferramentas inovadoras;
  • O E-learning é uma ferramenta cada vez mais utilizada em todo o mundo e que - se for bem aplicada - vai fazer parte do futuro das instituições;
  • Aprender fazendo (com projetos) e aprender com base na colaboração entre pares são os dois princípios que devem prevalecer quando se fala em educação. “A Escola 42 consegue fazer isto com eficácia”, garante o diretor;
  • Tecnologias como o ChatGPT, a realidade aumentada ou o metaverso poderão mudar o paradigma do ensino e os docentes, assim como os alunos, devem ter uma atitude aberta em relação a estas ferramentas;
  • “Com esta abordagem os alunos ficam mais motivados e eles também nos ensinam bastante”, conclui José João Mendes.
  • Concorrência, inovação e entusiasmo são as palavras que - segundo os oradores - espelham o futuro do ensino.

Acompanhe esta iniciativa em expresso.pt e na próxima edição do jornal Expresso que estará nas bancas a 5 de maio.

V Encontro Internacional de Reitores Universia

Em 2023, o Expresso associa-se ao Santander para amplificar o V Encontro Internacional de Reitores Universia, que terá debates em torno de três eixos principais: aprendizagem ao longo da vida ou aprendizagem contínua; promoção do empreendedorismo e da inovação; redes e interconexão entre as universidades.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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