Como está a saúde das mulheres em Portugal e o que é preciso fazer para a melhorar?
As declarações dos protagonistas da conferência sobre a Saúde das Mulheres em Portugal, que juntou o Expresso e a Hologic
As declarações dos protagonistas da conferência sobre a Saúde das Mulheres em Portugal, que juntou o Expresso e a Hologic
“É preciso melhorar a literacia para que as mulheres saibam reconhecer os fatores de risco cardiovasculares e não os desvalorizarem e fazerem auto-avaliação”, alerta Ana Timóteo, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia
“O mais importante é nós mantermos os direitos na saúde reprodutiva, ou seja, o acesso aos métodos de contracepção, o acesso ao aborto seguro, a proteção da maternidade e o incentivo à natalidade”, defende Fátima Palma, da Sociedade Portuguesa de Contracepção
“No cancro da mama, os desafios mais importantes são investir na prevenção, informar as mulheres de quais são os fatores que as podem proteger de vir a ter cancro e saber que quando falamos de tumores diagnosticados precocemente a probabilidade de cura é superior a 90%”, sublinha Gabriela Sousa, da Sociedade Portuguesa de Senologia
“As doenças reumáticas nas mulheres são muito frequentes, são incapacitantes, causam dor e má qualidade de vida e, portanto, temos que promover uma vida mais saudável, mais exercício e menos obesidade”, explica Helena Canhão, da Sociedade Portuguesa de Reumatologia
“O desafio principal é ter políticas eficazes e competentes para a redução das desigualdades que matam”, garante Maria de Belém Roseira, ex-ministra da Saúde e presidente do grupo de trabalho “A Saúde das Mulheres em Portugal”
“Durante a pandemia, o grupo das mulheres foi dos grupos em que houve maior prevalência de sofrimento psicológico e de morbilidade psiquiátrica. É, de facto, um grupo particularmente vulnerável”, lembra Maria João Heitor, da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental
“Os desafios centram-se em promover uma igualdade salarial - isso tem impacto na saúde - , garantir que todas as mulheres têm o mesmo acesso aos cuidados ao longo de todo o país e garantir que os direitos das mulheres são sempre preservados”, diz Vera Pires da Silva, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
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