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Sara Barros Leitão vence Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II

Sara Barros Leitão recebe o galardão das mãos de Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal
Sara Barros Leitão recebe o galardão das mãos de Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal
José Fernandes

A atriz foi agraciada, esta terça-feira, com o galardão que reconhece os talentos emergentes no mundo do teatro. “Este prémio será totalmente investido num projeto a desenvolver durante o ano de 2021”, adiantou

Francisco de Almeida Fernandes

A primeira edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II foi entregue, esta terça-feira, à jovem atriz Sara Barros Leitão como reconhecimento do trabalho desenvolvido no panorama teatral em 2019. A cerimónia, que aconteceu na emblemática Sala Garrett, antes de uma sessão exclusiva do espetáculo "Fake", contou com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca. "Sara Barros Leitão é uma artista que já provou e continuará a provar tudo aquilo que dela se espera", afiançou Carlos Avilez, presidente do júri.

A primeira edição da iniciativa, especialmente dirigida a profissionais do teatro até aos 30 anos, surge num ano particularmente difícil para o setor da cultura, fustigado pelos efeitos da pandemia, atribuindo um valor de 5000 euros ao vencedor. A atriz explicou que "este prémio será totalmente investido num projeto a desenvolver durante o ano de 2021, através da minha estrutura de criação – Cassandra -, chamado "Heroides, Clube do Livro Feminista”.

O Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, que se deverá repetir anualmente para promover o talento emergente no setor, foi entregue por um painel com 15 jurados de diferentes áreas culturais, entre os quais Albano Jerónimo e Beatriz Batarda. "Pretendemos, com este Prémio Revelação, dar continuidade à nossa missão de promoção da criação teatral, valorizando o trabalho de jovens artistas, através de um galardão que é atribuído por um júri isento, composto por individualidades de diversas áreas associadas às áreas performativas", explica Cláudia Belchior, presidente do Conselho de Administração do D. Maria II.

"Obrigada à Ageas, ao Teatro Nacional D. Maria II e, em especial, a todos os artistas e trabalhadores que constituíram o júri deste prémio e que me escolheram para o receber”, disse Sara Barros Leitão. "2019 foi um ano que me trouxe desafios, mas também o ano em que senti que mais cresci", acrescentou ainda.

A atriz ativista

Sara Barros Leitão nasceu no Porto em 1990 e rapidamente entrou no mundo do espetáculo, através do estudo na Academia Contemporânea do Espetáculo aos 14 anos. Contudo, foi na televisão que deu os primeiros passos profissionais, dando vida a uma personagem da série juvenil Morangos com Açúcar (2007) e participando, entretanto, em várias novelas e séries dos canais generalistas. Venceu, em 2015, o Prémio de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema Independente de São Paulo, no Brasil, pelo papel na longa-metragem Pecado Fatal. No teatro, assume a pele de atriz, criadora, encenadora ou dramaturga nos múltiplos projetos desenvolvidos ao longo dos últimos anos em salas como o Teatro Experimental do Porto, Teatro Municipal do Porto – Rivoli, o Teatro Nacional São João ou o Teatro do Vestido. A artista, que ao longo deste ano teceu duras críticas à atuação do Ministério da Cultura, assume-se como feminista e ativista no combate às desigualdades, tendo já confirmado a intenção de utilizar o montante do prémio para dar vida a um projeto que promova a leitura de obras escritas por mulheres, "Heroides, Clube do Livro Feminista".

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