O Ministério das Finanças aprovou o acordo entre os pilotos da TAP e a administração da companha aérea, o que deverá abrir caminho para que a greve convocada pelo Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC), avança a SIC esta segunda-feira, 27 de março.
O ministério liderado por Fernando Medina deu finalmente luz verde ao acordo, depois de duas semanas de impasse que levaram os pilotos a anunciar um pré-aviso de greve, na passada sexta-feira, para o período da Páscoa, entre 7 e 10 de abril, um dos mais relevantes no ano para as companhias aéreas.
Mas a greve só será desconvocada quando houver notificação oficial. “O SPAC ainda não foi informado formalmente e assim que tenha essa confirmação tomará as medidas em conformidade, que passam obviamente pela suspensão da greve. Greve esta que nunca teria sido marcada se o ministro das Finanças tivesse validado o pré-acordo na data que estava prevista”, reagiu Tiago Faria Lopes, presidente do SPAC.
O acordo entre as partes tinha sido aprovado há duas semanas pelo ministério que tutela a transportadora aérea intervencionada, o Ministério das Infraestruturas. Mas o silêncio de duas semanas do Ministério das Finanças, parte essencial para desbloquear o acordo, provocou frustração não só entre os pilotos mas também dentro do Governo, tal como o Expresso noticiou.
O acordo envolveu uma base alargada de interlocutores, tendo participado a administração agora cessante da TAP, liderada por Christine Ourmières-Widener, e o presidente executivo que se segue, Luís Rodrigues.
Depois da assembleia-geral do dia 24 de março, fonte do SPAC disse à Lusa que "a tutela não está a comprometer-se a assegurar este acordo com a nova gestão" da TAP, garantindo que "até o Governo ratificar a proposta mantemos a greve".
Notícia atualizada às 14h02
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