Trabalho

Sindicatos querem 100 euros de aumento salarial mínimo mas CGD não sai dos 50 euros

Sindicatos querem 100 euros de aumento salarial mínimo mas CGD não sai dos 50 euros

A CGD está a negociar com vários sindicatos os aumentos salariais para 2023 mas não há avanços. O sindicato mais representativo, o STEC, diz não haver evolução na segunda ronda negocial, e agendou uma terceira reunião

Há um braço de ferro entre os sindicatos da banca e o banco público. E apesar de não se ter chegado a nenhum entendimento esta semana está já agendada nova reunião negocial para a próxima semana, diz o sindicato mais representativo da Caixa.

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresa do Grupo Caixa (STEC) revela que na segunda reunião negocial com a Caixa, liderada por Paulo Macedo, “não se registou qualquer abertura negocial”, embora também diga que havia “alguma abertura negocial”.

O STEC quer “100 euros de aumento mínimo e média ponderada de 8,3% e a CGD 50 euros de aumento mínimo mínimo e média ponderada de 3%”.

Os sindicatos afetos à UGT, Mais Sindicato, SBC e SBN, também não chegaram a bom porto com a CGD, cuja proposta é de 3%, sendo a proposta dos sindicatos de 8,5%.

Em comunicado, o STEC lembra “o poder de compra perdido pelos trabalhadores e reformados da CGD em 2022 e o valor da inflação que se registou nesse ano (7,8%), e que se prevê persistir em 2023 na ordem dos 6%”. O STEC realça também a subida dos lucros da banca - que poderão atingir na CGD os 1000 milhões de euros em 2022 -, para defender que os trabalhadores devem ter “aumentos salariais justos”.

O STEC refere ainda que o que pede é “comprovadamente comportável” e conciliável com a “sustentabilidade financeira da empresa”.

O STEC assinala também o discurso do presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, que esta semana, em Vila Nova de Gaia, disse que “…as empresas têm de pagar melhor às pessoas” e “devem reter os seus talentos”, o que, segundo o sindicato, não condiz com o que o gestor faz dentro da Caixa. Estas afirmações, diz o sindicato, “não podem deixar de ser cumpridas cá dentro, aqui está uma ótima oportunidade para a aplicação concreta daquilo que foi apregoado”.

O sindicato acrescenta que dentro da CGD há “muitos trabalhadores, mais jovens e qualificados, a insistirem na adesão à rescisão de contrato por mútuo acordo, precisamente porque não têm perspetivas de carreira, nem ganham o suficiente para... constituir família e comprar casa!”.

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