Em outubro do ano passado, o Governo decidiu não aplicar a fórmula de atualização das pensões este ano e conceder um complemento extra, no valor de meia pensão, para fazer face ao aumento da inflação. Uma medida que foi bastante criticada pela oposição. Ora, agora, os partidos à esquerda do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Livre, insistem com o Governo que é preciso fazer um aumento intercalar das pensões ainda este ano.
As propostas da esquerda, em conjunto com uma do Chega sobre a atualização futura de pensões, serão debatidas esta quarta-feira no Parlamento, mas o PS não mostra vontade em aprovar. Mudanças só de 2024 em diante, e isso será conhecido “em breve”, antecipou o ministro das Finanças, Fernando Medina, referindo-se ao Programa de Estabilidade que será apresentado este mês.
Há iniciativas que são meras recomendações, outras que são propostas legislativas, umas que têm efeito imediato e retroativo a janeiro, outras que olham para o futuro, mas todas convergem num objetivo comum: garantir que anualmente os reformados não perdem, em circunstância alguma, poder de compra.
Para já, ao que o Expresso apurou, as propostas não deverão ser acolhidas pelo PS, que se fundamenta nas palavras do ministro das Finanças, que disse esta terça-feira no Parlamento que “a lei protege os pensionistas” ou seja, que está garantido que este ano não há perda de poder de compra para esta população.
Contudo, aumenta a pressão política no curto e médio prazo para que o Governo olhe para esta franja da população.
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