Mercado de pacotes de serviços de telecomunicações cresceu 2,3%

O mercado de pacotes de serviços de comunicações eletrónicas continua a crescer em Portugal, com um aumento no número de subscritores e nas receitas associadas. Os dados divulgados esta sexta-feira pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) revelam que no primeiro trimestre de 2024 o número de subscritores atingiu 4,7 milhões, refletindo um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As ofertas 4/5P, que combinam quatro ou cinco serviços num único pacote, foram as mais procuradas, contabilizando 2,6 milhões de subscritores, o que representa 56,4% do total de subscritores de pacotes. Este segmento registou um crescimento de 6,3% em relação período homólogo. Em contrapartida, as ofertas 3P, que incluem três serviços, sofreram uma queda de 2,9%, o maior decréscimo anual desde 2015.

O segmento residencial domina o mercado, com 86,9% dos subscritores de pacotes, sendo que a maioria destes opta pelas ofertas 4/5P (58,8%). Este segmento atingiu €540 milhões em receitas (sem IVA) nos primeiros três meses do ano, um aumento de 9% face ao mesmo período do ano anterior.

A maior parte dos acessos fixos no país são comercializados em pacote, com 85,3% destes acessos incluídos em ofertas combinadas: 83,1% nos acessos do serviço telefónico fixo, 96,4% no serviço de acesso à internet em local fixo e 98% no serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição. No entanto, as ofertas em pacote para acessos móveis ainda são menos comuns, representando 35%.

A receita média mensal por subscritor de pacote apresentou o maior crescimento anual desde 2016, atingindo os €38,51, um aumento de 6,4% em relação ao ano anterior. As ofertas 4/5P lideram com uma receita média de €47,16, seguidas pelas ofertas 3P com €29,68.

A MEO mantém-se como o principal prestador de serviços em pacote, detendo 41,6% do mercado, seguida pelo Grupo NOS com 35,1%, Vodafone com 20,5% e NOWO com 2,7%. A MEO apresentou a maior quota de subscritores de ofertas em pacote com 40%, o Grupo NOS segue de perto com 39,6%.