A relação entre a extrema-direita e o jornalismo teve uma abordagem atlantista este domingo, no último dia do 5.º Congresso dos Jornalistas: de um lado estava a brasileira Natália Viana, da Agência Pública, uma agência de jornalismo de investigação independente e sem fins lucrativos, e do outro o português Miguel Carvalho, hoje freelancer. E as diferenças foram óbvias: do outro lado do oceano já há um guião bastante desenvolvido para lidar com estas forças e partidos e mentores determinados. Do lado português, nem por isso.
“Se eu falar do Steve Bannon a 90% dos militantes do Chega, eles vão pensar que é o próximo avançado do Benfica”, sublinhou o ex-jornalista da Visão e que acompanha o Chega desde 2020, respondendo à exposição inicial de Natália Viana, que identificava o antigo estratega de Trump e pilar da alt-right norte-americana. “Parece um partido vindo de Marte, mas não é, é do território nacional, abrange todas as classes sociais, todas as profissões, está muito mais disseminado do que se pensa”, frisou.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: jpbarros@expresso.impresa.pt