Média

Salários em atraso na Global Media deverão ser pagos até ao início da próxima semana, anuncia administrador

José Paulo Fafe Presidente da Comissão Executiva da Global Media na audição da Comissão da Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto na sequência da crise na Global Media, em Lisboa.
José Paulo Fafe Presidente da Comissão Executiva da Global Media na audição da Comissão da Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto na sequência da crise na Global Media, em Lisboa.
TIAGO MIRANDA

Administrador José Paulo Fafe, do Global Media Group, diz que salários em atraso deverão ser pagos até ao início da próxima semana e apelou ao acionista World Opportunity Fund que prepare um pacote de ajuda extraordinária ao grupo dono do DN, JN e TSF

Os salários em atraso na Global Media Group (GMG) deverão ser pagos até ao início da próxima semana, anunciou na noite desta terça-feira o presidente executivo do grupo de media, José Paulo Fafe, no Parlamento; mas não excluiu novos atrasos no futuro se não houver um pacote de ajuda financeira em breve.

Os responsáveis do World Opportunity Fund, o investidor que entrou no capital do GMG em julho do ano passado, prometeram igualmente a Fafe que irão “estudar a hipótese de fazer um pacote de ajuda extraordinária à Global Media”.

Fafe revelou aos deputados da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, onde depõe a requerimento do Bloco de Esquerda, que teve “uma reunião com [os responsáveis d]o fundo”, na qual foi-lhe prometido que “até o início da semana que vem” farão “uma transferência que pague os salários que esão em atraso”.

O líder executivo da Global Media avançou ainda que os pagamentos de outubro dos trabalhadores a recibos verdes “foram pagos na semana passada”.

Fafe contabilizou em 3,25 milhões de euros o injetado até agora pelo WOF nos últimos três meses para o pagamento de salários, “e agora vai por mais”, disse. “Por alguma razão os outros acionistas recusam-se a meter um cêntimo”, ironizou o responsável.

“Espero que [o fundo] tenha ficado sensibilizado com o que eu ontem transmiti e que prepare o pacote que eu pedi que preparasse”, disse no Parlamento, admitindo que o pagamento dos salários em atraso não significam a normalização dos pagamentos no grupo. “Depois de dia 27 não há dinheiro, que as receitas são inferiores aos custos”, disse.

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