Os salários em atraso na Global Media Group (GMG) deverão ser pagos até ao início da próxima semana, anunciou na noite desta terça-feira o presidente executivo do grupo de media, José Paulo Fafe, no Parlamento; mas não excluiu novos atrasos no futuro se não houver um pacote de ajuda financeira em breve.
Os responsáveis do World Opportunity Fund, o investidor que entrou no capital do GMG em julho do ano passado, prometeram igualmente a Fafe que irão “estudar a hipótese de fazer um pacote de ajuda extraordinária à Global Media”.
Fafe revelou aos deputados da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, onde depõe a requerimento do Bloco de Esquerda, que teve “uma reunião com [os responsáveis d]o fundo”, na qual foi-lhe prometido que “até o início da semana que vem” farão “uma transferência que pague os salários que esão em atraso”.
O líder executivo da Global Media avançou ainda que os pagamentos de outubro dos trabalhadores a recibos verdes “foram pagos na semana passada”.
Fafe contabilizou em 3,25 milhões de euros o injetado até agora pelo WOF nos últimos três meses para o pagamento de salários, “e agora vai por mais”, disse. “Por alguma razão os outros acionistas recusam-se a meter um cêntimo”, ironizou o responsável.
“Espero que [o fundo] tenha ficado sensibilizado com o que eu ontem transmiti e que prepare o pacote que eu pedi que preparasse”, disse no Parlamento, admitindo que o pagamento dos salários em atraso não significam a normalização dos pagamentos no grupo. “Depois de dia 27 não há dinheiro, que as receitas são inferiores aos custos”, disse.
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