A EY fechou 2023 com um volume de negócios recorde em Portugal, mas prepara-se para perder para a KPMG a corrida pelo contrato de auditoria do Banco Comercial Português (BCP), o maior do segmento da banca, e que valeu cerca de 5 milhões de euros em 2022 à Deloitte. Sobre o regresso da KPMG à auditoria da banca, o presidente da EY em Portugal, Miguel Farinha, diz que cabe ao BCP decidir, mas deixa um reparo sobre a auditora concorrente: “Preocupa-me se tem as competências para o fazer”.
Recorde-se que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) condenou a KPMG num processo por conta da auditoria ao BES e à forma como o BES se ligava ao BES Angola. A consultora recorreu para o tribunal e conseguiu que a coima passasse de um milhão de euros para 450 mil euros. Note-se ainda que a KPMG foi ilibada do processo do Banco de Portugal, com o Supremo a negar a razão ao supervisor. Antes, a KPMG tinha já sido sancionada pela CMVM no âmbito da auditoria ao BCP (por causa de operações com offshores no tempo do Jardim Gonçalves).
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ASSantos@expresso.impresa.pt