"As coisas estão a abrandar na frente externa": indústria portuguesa entra em agosto com um misto de otimismo e preocupação
Mas ainda há recordes à vista na exportação
“Sentimos alguma retração nas vendas ao exterior. Só na Alemanha, que é o nosso maior mercado, fecharam 1500 sapatarias num ano”, comenta Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da APICCAPS, a associação dos industriais do calçado, um sector sempre dependente da conjuntura internacional, a sentir que “as coisas estão a abrandar na frente externa”.
Uma ronda do Expresso por algumas das indústrias mais exportadoras do país mostra que há outras fileiras a abrandar, tal como o calçado, mas continua a haver notas positivas no que respeita às exportações e até recordes à vista. “Expetativa” é a palavra mais ouvida no que respeita aos números finais do INE – Instituto Nacional de Estatística para o comércio internacional no primeiro semestre, que deverão ser conhecidos na próxima semana.
Os dados preliminares já avançados pelo INE na passada sexta-feira indicam que o comércio externo português teve no segundo trimestre a primeira queda em dois anos, com as exportações a recuar 5,2% e as importações a descer 6,2%.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt