100 milhões de utilizadores em dois meses: ChatGPT bate recorde e torna-se aplicação com crescimento mais rápido de sempre
DADO RUVIC
É gratuito, online e promete responder a qualquer pergunta submetida pelo utilizador em segundos, recorrendo a inteligência artificial. Assim é o ChatGPT, o novo fenómeno do mundo tecnológico
Há uma nova aplicação que está a bater recordes no mundo digital. O Chat GPT foi lançado em dezembro de 2022 e já tem mais de 100 milhões de utilizadores ativos mensais.
Segundo um estudo do banco de investimento UBS, divulgado pela CBS News, a plataforma recebeu mais de 13 milhões de visitantes únicos por dia em janeiro (o dobro do que tinha registado em dezembro).
Com estes valores, o ChatGPT torna-se assim na aplicação com o crescimento mais rápido da história da internet, bem à frente de outras plataformas populares.
“Em 20 anos a acompanhar a internet, não conseguimos lembrar-nos de um crescimento mais rápido numa aplicação destinada a consumidores”, escrevem os analistas do UBS no estudo.
Para referência, o Google Translate demorou seis anos e meio para alcançar os 100 milhões de utilizadores mensais. No caso do Instagram foram dois anos e meio e, mais recentemente, o Tik Tok precisou de nove meses para superar este marco.
O que é afinal o ChatGPT?
O conceito não é novo, pelo contrário. Os chatbots existem há décadas e o mais provável é que até já tenha interagido com algum. Hoje são muitas as empresas que têm este tipo de aplicações integradas nos seus sites como ferramentas de apoio ao cliente.
Tratam-se de programas de computador desenhados para simular conversas e responder a perguntas submetidas pelos utilizadores. Alguns recorrem a palavras-chaves para identificar o tipo de resposta que poderá ser mais apropriada.
Outros, como é o caso do ChatGPT, utilizam inteligência artificial sofisticada.
O ChatGPT está disponível online e gratuitamente neste site. É-lhe pedido que crie uma conta e a partir daí poderá iniciar uma conversa.
Com as perguntas certas é possível obter respostas diretas sobre factos ou sugestões (por exemplo, sobre que livro ler ou filme ver), mas também gerar todo o tipo de documentos (desde histórias ficcionais a trabalhos para a escola ou mesmo código para programação) e até ter conversas espirituosas.
Os resultados do estudo da UBS foram revelados apenas um dia após a empresa ter lançado o ChatGPT Plus, uma versão paga do serviço. Por 20 dólares mensais, os utilizadores passam a ter acesso garantido mesmo durante os picos de uso (quando o site fica indisponível), respostas mais rápidas e prioridade no acesso a novas funcionalidades.
A nova aplicação chamou também a atenção de vários gigantes tecnológicos. De acordo com o Mashable, a Microsoft - que já tinha investido no ChatGPT anteriormente - fez um investimento adicional de 10 mil milhões de dólares, havendo rumores de que estará a trabalhar para integrar o chatbot em alguns dos seus serviços.
Estará também no radar da Google, que se acredita estar a desenvolver um serviço que seria concorrente do ChatGPT.
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