

Carros, aviões, comboios, motas, animação noturna, recreios das escolas. Os elevados índices de ruído podem fazer baixar o preço das casas até 15%, de acordo com especialistas do sector imobiliário ouvidos pelo Expresso. Acresce que as habitações localizadas em zonas barulhentas demoram mais tempo a vender.
As orientações da Agência Portuguesa do Ambiente consideram fontes de ruído rodovias cujo tráfego médio diário anual seja superior a 8000 veículos. Em Lisboa, as ferrovias e o Aeroporto Humberto Delgado também são fontes de ruído. Na capital estão identificadas 12 zonas tranquilas e 29 áreas residenciais barulhentas. Locais como a zona ribeirinha do Parque das Nações, Docas de Santo Amaro, Alcântara e Bairro Alto estão entre as áreas com maiores índices de ruído, o que tem implicação no valor das casas. João Fonseca, perito avaliador de imóveis registado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, afirma que as questões de ESG (Environmental, Social and Governance) “estão muito presentes, atualmente, na avaliação imobiliária e têm impacto no valor das casas”.
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