Energia

REN aumenta investimento em até 70% no seu novo plano de negócios e promete mais dividendos aos acionistas

Rodrigo Costa é o presidente-executivo da REN
Rodrigo Costa é o presidente-executivo da REN
Luís Barra

A REN prevê investir mais nos próximos quatro anos, em boa medida para adequar a rede elétrica à expansão das fontes renováveis em Portugal, sobretudo de energia solar. Na atualização do seu plano de negócios, a empresa admite melhorar os resultados e aumentar a distribuição de dividendos aos acionistas

REN aumenta investimento em até 70% no seu novo plano de negócios e promete mais dividendos aos acionistas

Miguel Prado

Editor de Economia

A REN - Redes Energéticas Nacionais tenciona investir 1,5 a 1,7 mil milhões de euros nos próximos quatro anos, revelou a empresa esta segunda-feira na apresentação ao mercado da atualização do seu plano de negócios. O novo plano representa um aumento de até 70% face ao investimento médio anual do período de 2021 a 2023.

Na apresentação a REN estima que 65% do novo investimento se concentre na eletricidade, 25% no gás natural e 10% no negócio internacional (a empresa já está presente no Chile).

Uma grande parte do investimento da REN até 2027 irá concentrar-se em Portugal, com o intuito de ligar à rede nova capacidade renovável. A REN avança que já firmou desde 2021 um total de 32 acordos para reforço da rede (acordos mediante os quais os promotores de centrais solares assumem o compromisso de suportar os custos de expansão da rede de eletricidade), que abrangem nova capacidade de 7 gigawatts (GW) fotovoltaicos, dos quais 3,5 GW relativos a uma primeira vaga de acordos, para centrais que devem entrar em operação até 2027.

No plano agora comunicado ao mercado a REN projeta que a sua base regulada de ativos em 2027 atinja os 4,3 a 4,4 mil milhões de euros, acima dos 3,9 mil milhões de euros com que terminou o ano 2023.

A dívida líquida do grupo deverá em 2027 situar-se entre 2,5 e 2,6 mil milhões de euros, em linha com o projetado no anterior plano de negócios.

Em termos de resultados, a REN prevê obter até 2027 um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 500 a 540 milhões de euros por ano, acima dos 487 milhões de euros alcançados em 2023.

E o resultado líquido anual deverá situar-se entre 105 e 120 milhões de euros, também em linha com o lucro médio dos últimos três anos, de 110 milhões de euros.

A REN deixou na apresentação agora feita aos investidores a promessa de melhorar a remuneração dos acionistas, aumentando o dividendo para 16,3 cêntimos por ação até 2027, face aos 15,4 cêntimos por ação do último triénio.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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