A Shell obteve em 2022 um lucro de 39,9 mil milhões de dólares (36,6 mil milhões de euros ao câmbio atual), mais do dobro dos ganhos conseguidos no ano anterior, informou esta quinta-feira a multinacional petrolífera.
No quarto trimestre o resultado líquido da Shell ultrapassou os 9,8 mil milhões de dólares, ligeiramente acima dos 9,5 mil milhões registados no terceiro trimestre.
Já o EBITDA anual (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), numa base ajustada, disparou 53%, para 84,3 mil milhões de dólares (77,3 mil milhões de euros).
“Os nossos resultados no quarto trimestre e no conjunto do ano demonstram a solidez do portefólio diferenciado da Shell e a nossa capacidade para fornecer energia que é vital para os nossos clientes num mundo volátil”, declarou no comunicado de resultados o presidente executivo da Shell, Wael Sawan.
Num ambiente em que o disparo do lucro anual reflete o bom momento do negócio das petrolíferas (patente nas contas de outras companhias do setor), o CEO da Shell sublinhou que a empresa “está bem posicionada para ser um parceiro de confiança durante a transição energética”.
No quarto trimestre a empresa teve preços menores de petróleo e gás face ao terceiro trimestre, mas conseguiu melhorar os seus resultados em áreas como o comércio internacional de gás natural liquefeito, bem como através de um maior volume de produção e soluções de otimização do desempenho em várias divisões do seu negócio.
Recentemente o grupo Shell voltou a operar no mercado de distribuição de combustíveis em Portugal, onde conta com perto de duas dezenas de postos.
O maior operador na venda de combustíveis no país continua a ser a Galp, com mais de 700 postos. A Galp apresentará as suas contas anuais a 13 de fevereiro, tendo já feito saber que os resultados serão negativamente afetados por uma imparidade de 100 milhões de euros e uma provisão de 60 milhões.
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