Agricultura

CAP denuncia “desnorte” e "incompetência" no Ministério da Agricultura e teme que acabe por desaparecer

Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura
Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura
MIGUEL A. LOPES

Depois de ter perdido as direções regionais, a tutela dos animais para o Ambiente e a extinção de uma secretaria de Estado, a Confederação dos Agricultores de Portugal teme que o “esvaziamento” do ministério da Agricultura não fique por aqui

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) diz que a extinção da secretaria de Estado da Agricultura e a transferência das suas competências para a tutela da secretaria de Estado das Pescas, revela o “completo desnorte e a evidente incompetência que reina no Ministério da Agricultura, que não consegue colmatar a saída do anterior Secretário de Estado, Rui Martinho, e que falhou redondamente na escolha de Carla Alves para ocupar o lugar”.

Numa nota de imprensa divulgada esta sexta-feira, a CAP conclui que a pasta da Agricultura precisa de competência técnica e de capacidade política mas, “neste momento, está vazia destes requisitos”.

Os representantes dos agricultores sublinham que “a incompetência técnica gritante, o desconhecimento absoluto do funcionamento do Ministério que tutela e a mais do que evidente falta de peso político da ministra da Agricultura transtorna e prejudica o setor, dificulta a vida dos agricultores”.

A CAP afirma ainda que a ministra da Agricultura, por ação ou omissão, “continua a atuar deliberadamente contra aqueles que setorialmente tutela, resultando em graves prejuízos e perdas para a agricultura e floresta nacionais”.

Aquela confederação, fala em “esvaziamento do Ministério [da Agricultura]”, depois da perda das florestas e da tutela dos animais para o Ambiente, e também depois do anúncio da extinção das Direções Regionais de Agricultura com a transferência das suas competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais.

Com o fim “consumado” da secretaria de Estado da Agricultura, a CAP antecipa “aquilo que parasse uma inevitabilidade: o desaparecimento total do Ministério da Agricultura”, ficando, dessa forma, para segundo plano, todo o sector agrícola nacional na lista das prioridades políticas do Governo.

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