Administração Pública

CGA suspende reinscrição de trabalhadores da Segurança Social até novas ordens do Governo

CGA suspende reinscrição de trabalhadores da Segurança Social até novas ordens do Governo
Nuno Fox

Os funcionários públicos já não podem sair da Segurança Social e regressar à CGA. Processo está suspenso, para ser reavaliado pelo Governo, diz a Fenprof, que acusa a CGA de “dar o dito pelo não dito”

A Caixa Geral de Aposentações (CGA) deixou de aceitar que os funcionários públicos com carreiras descontínuas no Estado, que passaram a descontar para a Segurança Social, regressem ao sistema antigo. O processo estará suspenso até que recebam novas ordens do Governo. A informação está a ser avançada pela Fenprof, que acusa a entidade que gere as pensões dos funcionários públicos que entraram para o Estado até final de 2005 de “dar o dito pelo não dito”.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, a Fenprof diz que foi “com grande surpresa que os professores tomaram conhecimento de [um] novo e-mail, de final de outubro, em que a CGA informa que a reinscrição de ex-subscritores na CGA se encontra em avaliação pelo Governo”. A aceitação de pedidos de reinscrição estão, por isso suspensas, reservando a CGA “as orientações a transmitir sobre a matéria para quando a avaliação [do Governo] estiver concluída”.

Para a associação sindical a decisão é “completamente inadmissível, contrária à que tem sido a decisão dos tribunais e um retrocesso relativamente à informação antes divulgada”. A Fenprof lembra que “no final de setembro, a própria CGA tornou público que o processo de reinscrição seria autorizado aos interessados, sem necessidade de recurso aos tribunais. Vários o fizeram e viram satisfeita a sua pretensão”.

Para já, os sindicalistas pediram uma reunião com o Conselho Diretivo da CGA, e garantem que, se necessário, continuarão a avançar com processos judiciais.

O Expresso perguntou ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que tutela a CGA, o que motivou esta mudança de posição por parte da CGA, o que está o Governo a avaliar em concreto, e porque não fez a avaliação antes, mas não obteve resposta até ao momento.

Também por esclarecer está o impacto que a demissão do Governo terá na decisão de suspensão do processo por parte da CGA.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: emiranda@expresso.impresa.pt

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