
As atas da última reunião em abril do Banco Central Europeu, divulgadas esta quinta-feira, revelam que os banqueiros do euro querem mais cenários alternativos nas próximas reuniões para discutir o rumo dos juros
As atas da última reunião em abril do Banco Central Europeu, divulgadas esta quinta-feira, revelam que os banqueiros do euro querem mais cenários alternativos nas próximas reuniões para discutir o rumo dos juros
Jornalista
A decisão de cortar os juros em 25 pontos-base (um quarto de ponto percentual) na última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) a 16 e 17 de abril acabou por ser consensual, seguindo a proposta avançada pelo irlandês Philip Lane, o economista-chefe. Os mercados de futuros apontam para a continuação dessa trajetória de cortes ainda este ano e as probabilidades atuais antecipam mais duas descidas, na próxima reunião a 4 e 5 de junho e depois do verão, em Roma, a 29 e 30 de outubro.
Mas a tomada de decisão dentro do BCE está cada vez mais difícil, como revelam as atas da reunião de abril, publicadas esta quinta-feira em Frankfurt. A situação macroeconómica e geopolítica é “mais intrincada do que nunca”, reconheceu, esta semana, Robert Holzmann, o governador do Banco central austríaco, tido como o ‘super-falcão’ (o mais renitente a juros baixos), ou “muito complexa”, como admitiu José Luis Escrivá, governador do Banco de Espanha, do grupo centrista, cujos votos são decisivos para ganhar uma tendência mais restritiva ou a contrária.
Por isso, o BCE não antecipa taxas de juro futuras. Mantém a estratégia de comunicação que as decisões são tomadas em cada reunião.
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