Chinesa Evergrande com prejuízo de cerca de €4,2 mil milhões no 1.º semestre
A promotora imobiliária chinesa Evergande, a mais endividada do mundo, reportou um prejuízo de 33 mil milhões de yuans nos primeiros seis meses do ano
A promotora imobiliária chinesa Evergande, a mais endividada do mundo, reportou um prejuízo de 33 mil milhões de yuans nos primeiros seis meses do ano
A endividada "gigante" imobiliária chinesa Evergrande anunciou este domingo, 27 de agosto, um prejuízo de cerca de 4200 milhões de euros (33.012 milhões de yuans), no primeiro semestre do ano.
De acordo com a EFE, a empresa, que em 2020 faturou 1001 milhões de euros (8076 milhões de yuans), indicou ainda que, no final de junho deste ano, o seu passivo total (despesas, dívidas e obrigações financeiras) ascendia a cerca de 303.752 milhões de euros (2,38 biliões de yuans), 2,02% inferior ao do ano anterior, mas cerca de 25% superior ao do final de 2020.
Deste montante, 79.463 milhões de euros (624.765 milhões de yuans) correspondem a empréstimos, o que representa um aumento de 2,02% face ao final de 2022.
Os números refletem também uma diminuição de 5,13% no valor dos ativos totais (bens e direitos que podem ser convertidos em meios monetários) da empresa face ao final do ano de 2022, fixando-se em 221.817 milhões de euros (1,74 biliões de yuans).
No primeiro semestre de 2023, a Evergrande registou um volume de negócios de 28.529 milhões de euros (128.067 milhões de yuans), o que representa um aumento de 43% face ao mesmo período de 2022.
Além das perdas operacionais, a Evergrande atribuiu grande parte dos seus resultados negativos a fatores como a devolução de terrenos ou a perda de valor devido à imparidade de ativos financeiros.
A promotora imobiliária chinesa, a mais endividada do mundo, solicitou, na segunda-feira, a retomada de negociações das suas ações na bolsa de valores de Hong Kong.
Em comunicado enviado ao mercado, na sexta-feira, a Evergrande afirmou ter cumprido todos os requisitos para levantar a suspensão da negociação das suas ações, em vigor desde 21 de março de 2022, e garantiu que possui "operações comerciais suficientes".
A empresa referiu que está a "dar prioridade à estabilização das operações e à resolução de riscos" e que está a "trabalhar com o máximo esforço para garantir a entrega dos imóveis".
A imobiliária informou que, com o apoio dos governos locais, empresas e proprietários, o grupo retomou a construção de 732 empreendimentos para garantir a entrega dos imóveis.
Em 2022, a Evergrande entregou um total de 301.000 unidades.
A "gigante" imobiliária da China foi responsável pelo início da crise que atravessa o setor no país desde 2021, quando anunciou que não conseguiria pagar as suas dívidas de 2,4 triliões de yuans, valor equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele país.
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