A economia da zona euro e do conjunto da União Europeia cresceu mais do que os Estados Unidos no primeiro trimestre de 2023, em termos homólogos, segundo a estimativa rápida publicada esta sexta-feira pelo Eurostat, o organismo de estatística da União Europeia (UE). Entre janeiro e março deste ano, o espaço da moeda única europeia cresceu 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a economia norte-americana se ficou por 1,1%. E o crescimento da economia portuguesa, em particular, bateu o da UE, com o Instituto Nacional de Estatística a apontar um crescimento de 2,5% em termos homólogos.
A União Europeia cresceu ao mesmo ritmo que a zona euro. A China lidera o crescimento entre as grandes potências económicas que já publicaram as estimativas para o primeiro trimestre deste ano. A aceleração do crescimento económico chinês deve-se ao abandono da política da covid zero pelas autoridades de Pequim.
Desaceleração nos EUA foi muito maior do que na zona euro
A queda do ritmo de crescimento na economia da zona euro foi muito inferior à que se registou nos Estados Unidos ao longo dos últimos seis meses.
O crescimento na zona euro abrandou de 1,8% no quarto trimestre de 2022 para 1,3% nos primeiros três meses de 2023, enquanto nos EUA a desaceleração foi ainda mais acentuada, com a taxa de crescimento a cair para menos de metade, de 2,6% para 1,1% no mesmo período.
Entre as economias com melhor desempenho na zona euro entre janeiro e março deste ano contam-se a Espanha (3,8%), Irlanda (2,6%) e Portugal (2,5%).
Zona euro escapa a dinâmica de recessão
Avaliando o desempenho da economia da zona euro em termos de evolução de um trimestre para o seguinte - o que os economistas designam por variação em cadeia -. as estimativas avançadas esta sexta-feira pelo Eurostat apontam para uma saída do risco de uma dinâmica de recessão.
A variação encadeada foi de 0,1% entre janeiro e março para a zona euro e de 0,3% para a União Europeia no mesmo período. No trimestre anterior, a dinâmica registada na zona euro foi de estagnação (crescimento zero) e na União Europeia foi mesmo recessiva (-0,1%).
Para essa saída do risco recessivo contribuiu a Alemanha, cuja economia registou um crescimento mínimo em cadeia de 0,05% no primeiro trimestre de 2023 depois de uma recessão de 0,5% entre outubro e dezembro do ano passado. A economia germânica escapou ao que os economistas designam por recessão técnica, a queda em cadeia do PIB em dois trimestres consecutivos, mas praticamente estagnou entre janeiro e março.
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