Economia

Economia portuguesa cresceu 2,5% em termos homólogos no primeiro trimestre e surpreende pela positiva

Economia portuguesa cresceu 2,5% em termos homólogos no primeiro trimestre e surpreende pela positiva
Christian Dauphin/Getty Images

O Produto Interno Bruto avançou 2,5% em termos homólogos e 1,6% em cadeia, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística, publicada esta sexta-feira

A economia portuguesa supreendeu pela positiva e cresceu 2,5% no primeiro trimestre deste ano em termos homólogos, ou seja, em relação ao mesmo período do ano passado, avançou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Um número que compara com 3,2% no trimestre anterior.

Já em cadeia, isto é na comparação com os últimos três meses de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,6%. É uma forte aceleração face ao incremento de 0,3% registado no trimestre anterior. Mais ainda, é o crescimento em cadeia mais expressivo desde o primeiro trimestre de 2022.

São números muito acima das expetativas dos economistas ouvidos pelo Expresso na semana passada, que apontavam, em média, para um crescimento de 1,5% em termos homólogos e de 0,6% em cadeia.

O que explica este avanço da economia portuguesa? O INE ainda não dá detalhes, que só serão conhecidos no final de maio. Mas avança já as grandes linhas sobre a evolução da economia portuguesa nos primeiros três meses deste ano.

Assim, “o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB manteve-se positivo no primeiro trimestre, mas inferior ao observado no trimestre precedente”, salienta a autoridade estatística nacional. Foi o resultado “da desaceleração do consumo privado e da redução do investimento, determinada por um contributo negativo da variação de existências”, indica o INE.

Já na frente externa, verificou-se “uma aceleração das exportações de bens e serviços e um abrandamento das importações de bens e serviços”, aponta o INE. Em consequência, o contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB "foi superior ao do trimestre anterior”, vinca a autoridade estatística nacional.

O INE salienta ainda que no primeiro trimestre deste ano “observou-se um abrandamento significativo do deflator das importações em termos homólogos, mais intenso que o do deflator das exportações, traduzindo-se em ganhos dos termos de troca”. Uma evolução positiva “que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2021”, frisa o INE.

Na prática, isto significa que se verificou um abrandamento dos preços das importações mais forte do que o abrandamento do preço das exportações. Uma evolução indissociável da baixa de preço dos produtos energéticos.

Já o crescimento em cadeia de 1,6% nos primeiros três meses de 2023 reflete “o contributo positivo expressivo da procura externa líquida (que tinha sido negativo no quarto trimestre de 2022), em larga medida resultante do dinamismo das exportações”, revela o INE. Em sentido oposto, “o contributo da procura interna passou a negativo”.

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