Mário Centeno não vai poder votar eventuais mexidas na taxa de juro do euro – que afeta diretamente os créditos à habitação de mais de um milhão de famílias portuguesas – nas reuniões de junho e julho do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), devido ao sistema que obriga os países do euro a rodarem esse poder entre si – e que agora, com a Croácia na moeda única, vai obrigar o líder do Banco de Portugal a rodar com mais um governador.
Depois de não ter podido votar nas reuniões do ano passado em que foram decididos aumentos significativos da taxa de juro diretora, atualmente em 2,5% depois de ter saído de 0% em julho, Centeno recuperou possibilidade de votação de novembro a maio. Mas, no presente ano, volta a não ter poder de voto nos dois meses de verão, de acordo com o calendário de rotatividade disponível no site do BCE.
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