
O primeiro-ministro foi responsável por uma reconfiguração dos bancos nacionais nos últimos anos
O primeiro-ministro foi responsável por uma reconfiguração dos bancos nacionais nos últimos anos
Houve leis alteradas para desbloquear os impasses acionistas em bancos portugueses, casos do BCP e do BPI, ou para facilitar contratações para a administração, exemplo da CGD. António Costa surgiu em eventos sobre temas de que o governo antecessor se afastava, dando a cara pela resolução do Banif e pela venda do Novo Banco.
Até houve ensaios para se poder vir a afastar Carlos Costa da liderança do Banco de Portugal, e foi para governador que António Costa nomeou um ministro que ao seu lado esteve no Conselho de Ministros durante quatro anos.
Na prática, foi com António Costa no poder – e também com a sua intervenção – que a CGD ganhou músculo e passou a pagar bem aos administradores, que o BCP ganhou a Fosun como maior acionista, que o Santander cresceu com o Banif (e depois o Popular), que o Novo Banco passou para a Lone Star, que o BPI ficou só nas mãos do CaixaBank, que a Associação Montepio (dona do banco com o mesmo nome) resolveu (mesmo que temporariamente) a situação que a atirava para um desequilíbrio preocupante.
Assim passaram anos de Governo de António Costa e da sua relação com a banca, um sector que agora o levará aos tribunais por considerar que Carlos Costa ofendeu o seu bom nome.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes