Mercadona aumenta salário de entrada em Portugal em 11% a partir de janeiro
D.R.
A cadeia de supermercados Mercadona vai subir o salário de entrada no grupo. Serão mais 147 euros que o salário mínimo nacional, sublinha a empresa, em fase de recrutamento para expandir a presença no país
A recrutar para crescer em Portugal, a Mercadona vai aumentar em 11% o salário de entrada dos trabalhadores dos seus supermercados no país a partir de janeiro, anunciou a insígnia líder no sector da distribuição em Espanha em comunicado divulgado esta quinta-feira.
O vencimento mínimo nas lojas Mercadona no país passará a ser, assim, de 1034 euros brutos mensais (incluindo duodécimos), ou de 12.410 euros brutos por ano. O salário mínimo nacional em 2023 aumentará para 760 euros, ou 10.460 euros por ano (considerando os subsídios de férias e de Natal). O que resultará numa diferença mensal de 147 euros entre o salário mínimo e o novo salário de entrada na Mercadona, ou uma diferença percentual de 16,6%.
A política salarial da Mercadona também contempla uma política de progressão que prevê um aumento anual de 11% de forma a que seja atingido um salário de 1414 euros brutos mensais em quatro anos. Adicionalmente, há um prémio anual por objetivos que corresponde a um salário extra nos primeiros 4 anos e 2 salários extra nos anos seguintes.
“A Mercadona pretende continuar a crescer em Portugal e o nosso objetivo é promover condições laborais competitivas, tanto a nível económico como na conciliação ou no desenvolvimento profissional", afirma Hugo Pilar, responsável de Benefícios e Compensações da cadeia.
“Para poder oferecer um serviço de excelência ao cliente, a empresa tem de contar com recursos humanos de qualidade, o que implica investir nas pessoas e oferecer condições que as satisfaçam e motivem para realizar o seu trabalho da melhor forma possível”, sustenta.
Em fase de expansão em Portugal, onde abriu a primeira superfície comercial em 2019 e espera fechar 2022 com 39 supermercados, a Mercadona já investiu mais de 500 milhões de euros e criou mais de 2500 novos postos de trabalho no mercado nacional, a sua primeira aposta internacional. O grupo com sede em Valência tem aberto, em média, 10 superfícies comerciais por ano no país, num projeto que começou no norte e, em 2022, chegou ao sul do país.
O novo contrato coletivo de trabalho assinado pelas empresas de distribuição e os sindicatos do sector em setembro, contempla aumentos na ordem dos 5% e a garantia de que o salário mínimo pago será sempre superior ao salário mínimo nacional.
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