Economia

Farto de escândalos, Credit Suisse vende operação de banca privada em "offshores"

Farto de escândalos, Credit Suisse vende operação de banca privada em "offshores"

O Credit Suisse vai vender a operação global de banca privada, no âmbito da estratégia de contenção de danos depois de uma série de escândalos financeiros muito onerosos para o banco

O Credit Suisse vai vender a operação global de banca privada depois de uma série de escândalos financeiros terem implicado um impacto negativo nas contas na ordem dos milhares de milhões de euros, segundo notícia da Reuters desta terça-feira, 6 de setembro.

O banco irá vender a maioria do negócio, nomeadamente as sucursais nos paraísos fiscais de Guernsey, Singapura e as Baaamas, ao Bank of N.T. Butterfield & Son. A sucursal do Liechtenstein vai ser adquirida pela while Gasser Partner Trust. O resto deste negócio focado na gestão de ativos para ricos ficará no Credit Suisse - ou seja, um conjunto limitado de clientes.

Um dos casos judiciais em curso contra o banco visa a sucursal de banca privada de Singapura, acusada pelo antigo primeiro-ministro georgiano, Bidzina Ivanishvili, de não ter feito nada para evitar que perdesse o equivalente a 1,28 mil milhões de euros em investimentos que não foram devidamente salvaguardados pelos gestores.

O Credit Suisse está a embarcar numa nova estratégia que visa conter os danos incorridos nos últimos anos, nos quais teve de lidar com escândalo financeiro atrás de escândalo financeiro com um impacto de milhares de milhões de euros no balanço.

O novo presidente executivo, Ulrich Körner, está a analisar medidas como o despedimento de 5000 funcionários do banco para reduzir custos.

Körner sucedeu há pouco mais de um mês a Thomas Gottstein, que se demitiu depois do banco apresentar um prejuízo equivalente a 1,9 mil milhões de euros no primeiro semestre. Gottstein aguentou dois anos no cargo.

O tumulto no Credit Suisse apanhou o português António Horta-Osório, que deixou em janeiro o cargo de presidente não-executivo do banco, ficando menos de um ano no cargo.

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