Credit Suisse reporta perdas no primeiro semestre
O banco Credit Suisse somou perdas equivalentes a 1,9 mil milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano
O Credit Suisse, o segundo maior banco da Suíça, reportou esta quarta-feira perdas de 1866 milhões de francos suíços (1914 milhões de euros) no primeiro semestre de 2022 que atribuiu a gastos em processos de litigância e a fatores como a guerra na Ucrânia.
"Os resultados do banco viram-se significativamente afetados por fatores macroeconómicos e geopolíticos", assinala, no relatório semestral, o responsável pela administração do banco, Thomas Gottstein.
O banco com sede em Zurique reportou ainda depósitos (valores brutos) de janeiro a junho de 8057 milhões de francos suíços (8267 milhões de euros) o que corresponde a uma descida de 36% em relação a igual período de 2021.
No segundo trimestre do ano, as perdas do banco foram de 1593 milhões de francos suíços (1634 milhões de euros).
"Os nossos resultados para o segundo trimestre são desalentadores, especialmente no Banco de Investimento, devido a gastos (provisões) e outros mecanismos de ajuste", explicou Gottstein.
"As circunstâncias difíceis eclipsaram a força do nosso departamento de gestão de património", disse o responsável sublinhando que "é urgente adotar ações decisivas" perante as contas negativas.
O Credit Suisse enfrenta uma etapa complicada não apenas devido a problemas financeiros mas também por causa de vários escândalos como o que provocou a demissão do presidente António Horta-Osório no princípio do ano, após uma investigação interna que concluiu que o português violou as regras de quarentena impostas no quadro da pandemia de covid-19.
Desde 2019 que a instituição bancária foi submetida a investigações internas e externas, efetuadas pelas autoridades de supervisão de mercados suíças, por ter espiado vários diretores.
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