Presidente da CGD: “Lucros excessivos? Até agora é zero”
Paulo Macedo defende que quando o banco público teve prejuízos não ficou livre de impostos
Paulo Macedo defende que quando o banco público teve prejuízos não ficou livre de impostos
Jornalista
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Um imposto sobre lucros excessivos e extraordinários que advêm da subida de juros? Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos, recusa-o para a banca em Portugal, porque os juros continuam a estar em terreno “anormal”. E nem mesmo com a subida futura que se antecipa haverá: “Não é com a Euribor a 2% que há lucros anormais”.
Na conferência de imprensa de apresentação de resultados desta sexta-feira, 29 de julho, Macedo recusou a ideia: “Não temos lucros excessivos na margem, tivemos várias áreas do banco a correr bem, a parte internacional também”.
“Lucros excessivos? Até agora é zero”, declarou o CEO do banco público que, esta sexta-feira, apresentou os resultados do primeiro semestre mais elevados desde 2007. “Não é a recuperação de crédito vencido que é um lucro excessivo”, continuou.
“Quando houve prejuízo, os impostos não foram negativos”, contrapôs também Paulo Macedo, referindo que nos anos em que a CGD teve prejuízos também pagou várias contribuições sobre a banca.
O CEO da Caixa considera que a opinião pública não percebeu que os bancos não beneficiam já no imediato da subida de juros, porque ainda não houve determinação de novo preço dos créditos (os indexantes podem ir até 12 meses, por isso, pode acontecer só ao fim de um ano). “Estamos num ambiente de taxas de juro anormalmente baixas, deixámos foi de estar num ambiente ainda mais anormal”, continuou.
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