Exclusivo

Economia

Portugal fica fora do clube dos ‘maus alunos’ da dívida em 2025

Fernando Medina não consegue fechar a legislatura com um excedente orçamental, mas tira o país do grupo dos mais endividados da zona euro

Se as previsões até 2027 da equipa de Vítor Gaspar, à frente do “Fiscal Monitor” do Fundo Monetário Internacional (FMI), se materializarem, Portugal vai manter-se fora do risco de défice excessivo (acima de 3% do PIB) e consegue daqui a três anos sair do clube dos cinco mais endividados da zona euro (com rácios da dívida pública acima de 110% do PIB).

As previsões da equipa de Gaspar para a trajetória do défice e do rácio da dívida pública portuguesas são menos otimistas do que as metas apontadas por Fernando Medina na proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE-22) e nas projeções até 2026 enviadas para Bruxelas no Plano de Estabilidade 2022-2026 (PE 22/26). Mas confirmam duas tendências: o défice estará sempre abaixo de 3% (mesmo que a regra de ouro seja reposta no próximo ano) e chegará a 2027 com um saldo negativo inferior a 1%; e o rácio da dívida continuará a cair, descendo para 104,5% do PIB daqui a cinco anos. Nas previsões do Fundo, o ministro das Finanças, Fernando Medina, não consegue repetir a proeza de Mário Centeno e não fecha a legislatura com excedente orçamental — como é projetado no PE22/26, onde se aponta para o equilíbrio orçamental em 2025 e um superávite de 0,1% (igual ao de Centeno em 2019) em 2026.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate