Governo confirma 990 milhões para a TAP

O Estado vai injetar este ano na TAP até 990 milhões de euros, valor que já estava previsto transferir no âmbito das ajudas públicas autorizadas pela Comissão Europeia.

Na proposta de Orçamento do Estado (OE) para este ano pode ler-se que “no âmbito do plano de reestruturação da TAP conforme aprovado pela Comissão Europeia, encontra-se previsto um apoio financeiro, por parte do Estado Português, de até 990 milhões de euros”.

No final de dezembro a Comissão Europeia aprovou o plano de reestruturação da TAP através do qual foi validada a injeção de 3,2 mil milhões na companhia aérea. Por causa disso a TAP foi obrigada a reduzir a sua dimensão. 2022 será o último ano em que é prestado apoio financeiro à empresa.

Na proposta para o OE deste ano, o Governo volta a lembrar a importância que considera que a TAP tem para a economia portuguesa: “seja pela sua atividade como transportadora de bens e serviços – tendo em 2019 transportado cerca de 4 milhões de turistas não residentes com estadia em Portugal cujo valor de gastos estimado se situa entre os 1,3 e os 1,6 mil milhões de euros –, seja pela prestação de serviços de manutenção e engenharia (de qualidade reconhecida a nível mundial), tendo, em 2019, gerado um impacto na economia de cerca de 2,5 mil milhões de euros e de 1,1 mil milhões de euros em termos de finanças públicas”.

Refere também que “a TAP era responsável por 1 a 1,2% do PIB nacional, contribuindo também para o equilíbrio da balança comercial nacional, com 2,6 mil milhões de euros em exportações, e evitando 700 milhões de euros em importações (valor das passagens adquiridas à TAP por residentes), o que representava cerca de 3% do total das exportações de bens e serviços nacionais”.

“Para além deste efeito direto, a TAP contribui ainda para a economia nacional ao comprar anualmente mais de mil milhões de euros de bens e serviços a mais de 1300 fornecedores nacionais, ligados à presença do hub da TAP em Portugal, dinamizando a atividade económica e o emprego”, diz ainda o Governo.