Nos três primeiros meses deste ano houve mais pessoas de baixa do que em todo o 2020 e em todo o ano de 2021. Apoios dispararam, sobretudo devido ao isolamento profilático da covid-19. Entre janeiro e março, o Estado gastou toda a despesa inicialmente programados para 2022
Quase um milhão de trabalhadores estiveram de baixa nos três primeiros meses deste ano devido à covid-19, um número recorde que ultrapassa significativamente os subsídios por doença registados em 2020 e 2021. A despesa orçamental disparou, com o Estado a abrir mão de €218 milhões entre janeiro e março, quase tanto como em todo o ano anterior.
Com o reforço da vacinação e a atividade económica a retornar, lentamente, à normalidade, era de esperar que a despesa pública com a pandemia começasse este ano a baixar. Quando, em outubro, preparou a proposta de Orçamento do Estado para este ano, o Governo apenas antecipava gastar €400 milhões em todo o exercício de 2022 com a covid. Contudo, a variante Ómicron acabou por trocar as voltas às previsões. Chegados a março deste ano, os cofres públicos já gastaram os €400 milhões inicialmente previstos para todo o ano, com um segundo dado inesperado: mais de metade da verba foi consumida por subsídios de doença.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cmateus@expresso.impresa.pt