Para conseguir a independência energética e a neutralidade carbónica de França, Emmanuel Macron, atual presidente de França e candidato a um segundo mandato nas eleições do próximo mês de abril, pretende recuperar o controlo estatal - isto é, nacionalizar - várias empresas do setor energético, sem especificar quais, de acordo com notícias da "Bloomberg" e do jornal francês "Libération".
Para que França possa ser "o primeiro país a sair totalmente da dependência do carbono", disse, uma das medidas passará pela "recuperação do controlo do capital pelo Estado de várias empresas do setor", disse Macron na apresentação do seu programa eleitoral, que teve lugar esta quinta-feira, 17 de março. Uma das hipóteses aventadas é a nacionalização dos restantes 16% que não detém na EDF, a energética estatal responsável pela construção e gestão das centrais nucleares.
A construção de seis novos reatores (e o estudo da viabilidade de mais oito), também incluída no programa de Macron, exigirá o saneamento financeiro da EDF, atualmente incapaz de fazer face ao investimento previsto de 50 mil milhões de euros deste projeto, muito devido ao peso da sua enorme dívida.
Nas renováveis, Macron anunciou que iria "multiplicar a capacidade solar por dez" e criar "50 parques eólicos" até 2050. E quer "mudar o mecanismo de formação dos preços da eletricidade, hoje demasiado dependentes do gás", uma proposta já aventada por outros países europeus.
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