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Intervenção no ex-BESA em Angola penaliza Portugal

Luís Máximo dos Santos (à esquerda) acordou com António Ramalho (a meio) que iria receber o dinheiro vindo do Banco Económico (da Sonangol, do Estado angolano, liderado por João Lourenço)
Luís Máximo dos Santos (à esquerda) acordou com António Ramalho (a meio) que iria receber o dinheiro vindo do Banco Económico (da Sonangol, do Estado angolano, liderado por João Lourenço)

Fundo de Resolução ficaria com eventuais ganhos do Banco Económico no caso de o Novo Banco recuperar acima da imparidade. Regulador angolano dificultou. Caso ganha contornos diplomáticos

Intervenção no ex-BESA em Angola penaliza Portugal

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Gustavo Costa

Correspondente em Luanda

O antigo BES Angola, hoje Banco Económico, está a dever cerca de €300 milhões ao Novo Banco, que já só esperava receber dali cerca de 10% do montante. Se vier a mais, o dinheiro não irá para o banco da Lone Star; será para o Fundo de Resolução. Porém, tal não se perspetiva fácil: a prestação que devia ter sido paga em outubro não veio na data definida. Aliás, o Banco Económico foi intervencionado pelo regulador angolano e a dívida ao Novo Banco será afetada. Portugal volta a ser penalizado por Angola.

A intervenção do Banco Nacio­nal de Angola (BNA) no Banco Económico, com uma situação patrimonial altamente negativa, foi decidida no final de outubro. Nela, a administração do Banco Económico ficou mandatada para desenhar um plano de reestruturação e aumentar o capital para conti­nuar a operar. A recapitalização está estimada em mil milhões e 900 milhões de dólares (€800 a €890 milhões), segundo fonte do Banco Económico. Na operação, o Novo Banco sofre um impacto.

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