Philip Morris aumenta os lucros, vendendo menos cigarros, mas mais aparelhos de tabaco aquecido

A Philip Morris, tabaqueira e dona dos aparelhos IQOS, de tabaco aquecido, teve lucros de 8,12 mil milhões de dólares (cerca de 7 mil milhões de euros) no terceiro trimestre do ano, mais 9,1% que no período homólogo, segundo anunciado esta terça-feira.

No acumulado dos primeiros nove meses do ano o lucro da dona de marcas como Marlboro ou Chesterfield ascendeu a 23,3 mil milhões de dólares (20 mil milhões de euros), um aumento de 9,7% face ao mesmo período de 2020.

Apesar do aumento dos lucros, a venda de cigarros diminuiu quer no terceiro trimestre, quer no conjunto dos três trimestres. Em 2020, entre janeiro e setembro, foram vendidas 473,8 mil milhões de unidades de cigarros, das quais 165,4 mil milhões no terceiro trimestre. Já em 2021, no mesmo período, foram vendidas 466,5 mil milhões de unidades, das quais 164,8 mil milhões entre julho e setembro. Ou seja, um decréscimo de 1,6% no acumulado dos nove meses e de 0,4% no terceiro trimestre.

Já o tabaco aquecido parece ter ganho mais fãs em 2021. Entre janeiro e setembro de 2020 foram vendidas 54,4 mil milhões de unidades de tabaco aquecido, das quais 18,9 mil milhões no terceiro trimestre. Já em 2021, no mesmo período, foram vendidas 69,6 mil milhões de unidades, das quais 23,5 mil milhões entre julho e setembro. Ou seja, houve um aumento de de 27,9% no acumulado dos nove meses e de 23,8% no terceiro trimestre.

Globalmente, a União Europeia (UE) é o maior cliente da marca, com 140,6 mil milhões de unidades de tabaco e tabaco aquecido vendidas entre janeiro e setembro deste ano. Só na UE o lucro atingiu os 9,2 mil milhões de dólares (7,9 mil milhões de euros) nos três trimestres já terminados, mais 16,2% que no mesmo período do ano passado.

Perante estes resultados, o presidente executivo da Philip Morris, Jacek Olczak, disse, citado em comunicado, que a empresa reafirma as "fortes perspetivas de crescimento para 2021", apesar de reconhecer que ainda são afetados pela "escassez global de semicondutores, que tem impacto na capacidade de satisfazer a procura dos consumidores por IQOS".