O ex-presidente do falido BPP foi notificado para se apresentar em tribunal.
Em causa estão diligências relativas ao processo em que foi condenado a 10 anos de prisão por fraude fiscal, branqueamento de capitais e abuso de confiança em maio de 2021. Condenação da qual o ex-banqueiro recorreu.
No âmbito desta notificação fica a saber-se que João Rendeiro avisou o tribunal de que estaria na Costa Rica entre 15 de julho e 21 de agosto e que entre 13 a 30 de setembro se encontraria no Reino Unido como noticiou o Expresso.
E deu como morada o consulado, no caso da Costa Rica e a embaixada portuguesa no caso do Reino Unido.
Esta terça-feira ficou também a saber-se que João Rendeiro foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada, do qual irá recorrer.
Este é mais um dos processos crime em que Rendeiro é condenado a pena de prisão efetiva.
Foi condenado a uma pena de prisão de 5 anos e oito meses por falsificação de documentos e falsidade informática, que já transitou em julgado e pelo qual aguarda ordem de prisão.
Foi condenado a dez anos de prisão por fraude fiscal, branqueamento de capitais e abuso de confiança em maio de 2021, sendo no âmbito deste processo que Rendeiro foi notificado para se apresentar em tribunal na próxima sexta-feira.
Na origem da condenação que foi conhecida esta terça-feira está, segundo a Lusa, a queixa do embaixador jubilado Júlio Mascarenhas que, em 2008, investiu 250 mil euros em obrigações do BPP, poucos meses antes de ser público que a instituição liderada por João Rendeiro estava numa situação grave e ter pedido um aval do Estado de 750 milhões de euros.
Também neste processo estavam acusados os ex-administradores Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital (o único presente no tribunal). O primeiro foi condenado a três anos de prisão e o segundo a dois anos e seis meses de prisão.
Paulo Guichard encontra-se no Brasil há anos e João Rendeiro está no Reino Unido, tendo informado dessa matéria o tribunal.
O único proceso onde Rendeiro foi absolvido diz respeito à Privado Financeiras. Estava acusado de burla qualificada, foi absolvido em 2015. O Minsitério Público recorreu para a Relação e este manteve a absolvição, um ano e meio depois de ter recebido o recurso.
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